Diário de um Pica

Meu lugar secreto onde escrevo e me atrevo,descrevo sentidos,grito em palavras soltando emoçoes

Nome:
Localização: Massama, Sintra, Portugal

Eu sou o escrever que pulsa no meu sangue,sou um corpo de ausencias fugindo com as suas palavras tentando alcançar os sonhos que nunca vivi.

quarta-feira, maio 31, 2006

Por onde...

Por onde andas
Meu amor
Insaciado
Ardente
Indomado...

Para onde olham
Teus olhos
Cansados
Na procura
Do encontro
Ansiado ...

Por onde pisam
Os teus passos
Firmes
Altivos
Em busca da ausência
Do sentido
Profundo, amado...

Por onde te escondes.
A tua alma renuncia.
Só fica
A melancolia
Que só o tempo
Conhece
E esquece...

segunda-feira, maio 29, 2006

Pensamento da semana

“Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos.
Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.”
Gilbert Keith, escritor inglês
.

E vocês blog amigos (as) são verdadeiros grandes Homens
Obrigado pelos comentários do post anterior.

sexta-feira, maio 26, 2006

Eu


Quem sou eu?
Que sou?
Não sei...
Talvez um mistério
Um enigma?
Não sei...
Serei amigo?
Serei mau?
Não sei...
Pensarão em mim?
Gostarão de mim
Não sei...
Será que me escutam?
Será que me lêem?
Será que me vêem?
Terei amigos?
Andarei errante?
Andarei á deriva, perdido?
Não sei?
Diz-me tu
Quem sou eu?
Pois eu...
Não sei!

segunda-feira, maio 22, 2006

Vidas sem cor


Vejo o sujo das mentes que vagueiam, se cruzam e me olham.
Sinto estes odores cobertos de cinismo e fragilidade, daqueles corpos nus que correm perdidos para destino nenhum.
Mentes vazias e indiferentes que se perdem nos próprios pensamentos, o sangue que seca lentamente e desvanece, transformando-se em adoradores do comum e da vida fácil como se de um rebanho, se trata-se.
São folhas secas e cansadas que já nada têm para dizer, por entre os rostos marcados de vulgaridade e dor contida.
São gritos mudos que permanecem aprisionados no espírito de cada um.
A dor que paira no espirito, a razão perdida e o medo de viver.
As mãos gastas, o rosto consumido pelas falhas e a incerteza da vida, a falta de coragem e optimismo, a perda de valores, os princípios esquecidos, a voz rouca de muito falar e nada dizer.
Vidas sem cor;
Vidas a preto e
Branco...

quinta-feira, maio 18, 2006

Um pensamento


Não pedimos para nascer


Não mandamos no morrer


Vamos aproveitar o intervalo
...

sexta-feira, maio 12, 2006

Dentro de ti...


O meu corpo reclama o teu, em sinais de frio quente, ardente.
Tremo em suores, sobre a noite que me guia e em passos de agonia abro o peito ao meu coração sedento.
Deixo para trás um resto de mim, em pedaços de ti.
Sou vento preso, seco de saudade.
Não estendas as mãos, não tentes encontrar o sabor do meu beijo, não procures no meu corpo, na linha do horizonte...
Habito no silêncio, onde o som é pintado em cores de sonho.
Amo as fantasias.
Pinto as telas com aguarelas em tons de magia.
Passeio-me dentro de ti...

terça-feira, maio 09, 2006

Por vezes há dias assim...


Há dias que tenho muitos amigos á minha volta, mas só sinto falta dos que não estão...
Por vezes fico feliz por ter um amigo só para ir beber um café e falar de banalidades...
Há dias que estou rodeado de mil e uma pessoas, e só me apetece a solidão...
Por vezes apetece-me uma companhia, só para estar em silencio, mas acompanhado...
Há dias que escrevo sem querer, mas não consigo parar...
Por vezes necessito de escrever, mas os meus dedos recusam-se...
Há dias que sorrio com vontade de chorar...
Por vezes choro de tanto rir...
Há dias que preciso de atenção...
Por vezes só quero que me deixem em paz...
Há dias que só quero estar calado e no entanto sou forçado a falar...
Por vezes falo e falo sem parar e não digo nada de jeito...
Há dias que respiro a vida com alegria...
Por vezes tenho dias que penso que sou de outro planeta...
E vocês?

sexta-feira, maio 05, 2006

Um Menino


Ele tocava concertina com o seu minúsculo cãozito com uma lata na boca, por entre os passageiros. Algumas moedas iam caindo entre uns ruídos estranhos que saiam da sua concertina.
O tempo ia passando lentamente e esperava-o mais uma dura jornada, ir para casa enfrentar a família sempre disposta a censura-lo e aumentar-lhe o sofrimento devido as poucas moedas que trazia na sua lata suja para sustentar os vícios.
Era mais uma noite de guerra, assombrada pela violência da família fabricando-lhe fantasmas que o faziam chorar até o cansaço, derrota-lo e dar-lhe como prémio o dormir.
O miúdo andava a volta dos dez anos e tinha já um peso nos ombros .
Sustentar a família
A sua alma derramava raiva, tão novo e já farto de viver.
Faltava-lhe tudo, a atenção...
Aos poucos ia-se tornando uma criança sem regras, sem princípios , e sem família.
Um dia roubou uma bicicleta e resolveu fugir de casa, pela estrada gritava liberdade, saltitando com o seu amigo de quatro patas, de tanta euforia o seu amigo tropeçou na berma da estrada e a roda da bicicleta passou a escassos centímetros das suas patas, ajudado pelo miúdo o cãozinho conseguiu levantar-se e lá foram satisfeitos pela emoção do risco que haviam corrido.
Exausto deitou-se num espaço aberto do matagal e contemplou o céu, cheio de dor pela realidade que tinha a sua frente.
Ele chorava agarrado ao cão. Falava-lhe, á medida que este todo satisfeito lambia-lhe a face e com as quais se lambuzava e deliciava.
Isso fazia com que ele se risse ao tentar afastar a cara, e a sua alma era invadida de uma sensação alegre.
Uma sensação feliz para um menino desamparado, desesperado e só.
Um menino com uma vida por viver.
Um menino que se perdeu para a vida...

segunda-feira, maio 01, 2006

Perdido

Sinto-me perdido,

sem norte

mas

aquele que se perde

é o que

encontra novos caminhos...