Diário de um Pica

Meu lugar secreto onde escrevo e me atrevo,descrevo sentidos,grito em palavras soltando emoçoes

Nome:
Localização: Massama, Sintra, Portugal

Eu sou o escrever que pulsa no meu sangue,sou um corpo de ausencias fugindo com as suas palavras tentando alcançar os sonhos que nunca vivi.

domingo, fevereiro 26, 2006

Perguntas...


Já nao lia à muito tempo..na semana passada li dois livros..e de um retirei o seguinte pensamento..."As perguntas mais simples são as mais profundas:-Para onde vais?-Aonde fica a tua verdadeira casa?-O que fazes da tua vida?Interroga-te de tempos a tempos e observa como mudam as tuas respostas.As minhas respostas já mudaram...principalmente em "o que fazes da vida" e as vossas amigos?

1 Abraço

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Dormir


Dormir para mim é algo muito complexo, tanto adormeço em poucos segundos, como tenho insónias que me dão noites infernais e possessivas. Quando estou nesses dias á sempre alguma coisa que me incomoda, á sempre um pé que se enrola na roupa da cama, ou o pijama que começa a subir e me destapa a barriga...mudo as coisas, dou voltas na cama, está frio, está calor, a almofada está muito alta, agora está muito baixa, o gato pisa-me o cabelo, porra vou ver televisão. Vai de zapping, desespero é só telelixo, fico-me pela tv shop normalmente o meu comprimido para adormecer.
Vende-se de tudo, é incrível, uma máquina de sumos em que na demonstração juntam batata,, pepino, pêra e dizem que é delicioso (incrível), máquinas de exercício físico que em três minutos ficam o “Schwarzenega” (impressionante) colecção de cinquenta facas que cortam tudo, até aço, fabuloso, massajadores faciais de tamanho XXL...hummm, enfim é só merda, nada de mais... outra vez para a cama.
Era capaz de jurar que existe um locutor da Radio Clube Português a falar altíssimo aos meus ouvidos a querer que eu acorde, maldito, ainda agora me deitei.
Vou-me levantar, devagar muito devagar, desequilíbrio total, porra não vejo a casa de banho, as pantufas, onde estão as minhas pantufas?
Abro a torneira, a água demora a aquecer, olho ao espelho vejo um gajo despenteado com umas olheiras incríveis a tentar abrir os olhos.
Que figura bonita, penso eu.
O vapor da água vai-me despertando, sabe bem, vou ficar aqui o dia todo. Porém não pode ser, vamos a despachar, tenho que me fardar, não posso ir trabalhar de pijama. A gravata? Onde está a minha gravata?
Bem lá vou eu, olhando para a cama com tristeza, que bem que eu estava na cama, agora é que me dá o sono.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Sensual


Você gosta de sentir alguém tocando em você?
Que faça você suar?
Gosta de sentir a respiração de outra pessoa bem de perto?
Experimentar novas posições?
Gosta de entrar por trás ?
Ou só pela frente?

Subir...
Descer...
Entrar...
Sair ...
Sim ???




Então?

Inscreva-se para pica da Cp Lisboa.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Quero que...


Quero que sejas o oceano
Como a água salgada do mar
Que se abre á proa de um navio
Que a rasga e a envolve
No meio de segredos e naufrágios

Quero que sejas como a terra
Solida como a rocha
Terna depois da chuva
Bela como o rir de uma criança
Erguendo a vida para o céu
Escondendo tesouros e mistérios

Quero que sejas o alcançar
De montanhas e grutas
Onde nasce a fonte
De água pura e cristalina
Com inocencia e magia
De um abraçar sentido

Quero que sejas a lua
Escondida do sol
Perdida num manto branco
Iluminando a noite
Despertando horizontes
Unindo almas destroçadas

sábado, fevereiro 11, 2006

Insonia


Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco,ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolarinolaringologista.
Que por sua vez esse tal otorrinolaringologista vive numa rua que tem paralelepipedo feito de paralelogramos.Seis paralelogramos tem um paralelepipedo.Mil paralelepipedos tem uma paralelepipedovia.Uma paralelepipedovia tem mil parelelogramos.Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia.

Repetir este texto 10 vezes se ainda estiver acordado pegar num martelo e bater com extrema violencia na sua caixa craneana.
Talvez resulte...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Ser invisivel


Algumas vezes penso que sou transparente, vejo os passageiros mas eles não me vêem. Só ao fim de algumas tentativas é que fazem o favor de me mostrar o titulo de transporte mas não antes despejarem a mala, são lenços de papel, carteiras, chaves, telemóveis, batons, etc., etc., etc. por fim lá aparece o famigerado passe, ficando o banco ao lado cheio com os seus objectos pessoais em forma de ninho.
Acho estranho não me verem, pois eu até sou uma pessoa bastante volumosa.
Infelizmente não é só no trabalho, quando entro num restaurante e chamo o empregado, o mesmo caminha na minha direcção e ai dirige-se a outra mesa ajeitando a mariquice de um guardanapo, examino-o alguns instantes até o perder de vista. Cinco minutos depois lá vem ele e simpaticamente entregar-me o menu, afastando-se na sala. Mais dez minutos se passam e nada, até que por fim os nossos olhares se cruzam e rapidamente pede desculpa. Mais difícil ainda é pedir a conta no fim do jantar. O empregado da minha mesa escolhe sempre essa altura para conviver com os outros colegas num extremo da sala.
Começo por fazer o gesto tímido de pedir a conta, nada, bato no copo com a faca, nada, passa um empregado, quando o vou chamar a resposta de sempre: “só um bocadinho”.
Dá-me vontade de puxar a toalha de mesa, ai talvez fosse notado e talvez tivesse sucesso.
Ou quem sabe o melhor fosse começar a cantar efusivamente “perdidamente apaixonado” do Toy á medida que ia saindo sem pagar.
Ás vezes chego a ter duvidas se existo. Porra até no meu carro bateram e fugiram, se calhar também é transparente.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Só visto...





São 7.00H da manhã. Estação de Barcarena. Está frio, felizmente não chove. As pessoas escondem-se nos casacos e cachecóis tentando escapar ao vento gelado da manhã. Uma pequena multidão aguarda impacientemente o comboio como meio de transporte e, também não menos importante, de abrigo. O estremecer da gare faz adivinhar a chegada do mesmo, as portas abrem-se e as pessoas esgueiram-se rapidamente para um lugar sentado.
Rapidamente regressa o silêncio á estação.
Indiferentes a tudo o que os rodeia um casal de namorados beijam-se apaixonadamente. É difícil não reparar na paixão que sentem um pelo outro, algo até ousado para um sítio público. Enfim, é o amor – pensei eu.
Mas é bonito e reconfortante aquele quadro de amor escaldante numa manhã fria.
Aproximei-me do banco da estação, local que para eles era o seu ninho de amor.
Até que.... Porra, o que é isto? Mas..., mas..., mas... Mau...
Bem, vou colocar isto num termo mais soft...
Os protagonistas daquele amor tão ardente tinham ambos bigode.
Não que tenha algo contra a orientação sexual de cada um, mas fiquei com o quadro de amor numa manhã fria completamente em cacos.
Não havia nexexidade.